Lula homenageia militares mortos

O coronel Emílio Carlos Torres dos Santos, 46, um dos 20 brasileiros mortos na tragédia no Haiti - 18 militares e dois civis, foi homenageado ontem em cerimônia póstuma aos militares mortos no cumprimento do dever na missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU)no Haiti.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice- presidente José Alencar, a primeira dama Marisa Letícia, os presidentes do três poderes, ministros, comandantes militares, parlamentares e parentes dos militares mortos no terremoto do Haiti participaram no hangar da Base Aérea de Brasília das honras fúnebres aos militares. A cerimônia iniciada com o hino nacional as 4 horas da tarde durou uma hora. Toques de corneta sinalizaram o pedido de um minuto de silêncio em homenagem aos mortos.
O presidente Lula disse que "a tragédia que se abateu no Haiti em 12 de janeiro é um desses episódios em que o destino implacável parece ter assumido as rédeas da condição humana. 20 brasileiros que se dedicavam a difícil tarefa da reconstrução haitiana perderam a vida em Porto Príncipe no derradeiro testemunho com o seu compromisso com a redenção do país".
Lula lembrou que "todos estes homens nunca perderam a coragem e a firmeza necessárias para combater a violência e a criminalidade que tanto assola o Haiti. Nossos ilitares sempre souberam conviver harmoniosamente com a população local". Os 18 militares foram promovidos post mortem.
O comandante do Exército, Gal Enzo Martins Peri, em sua mensagem destacou que os militares "fizeram o bom combate levando àquela nação amiga castigada por violências de diferentes naturezas o que a gente brasileira mais possui, solidariedade, alegria e esperança".
Os dois civis mortos são a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e o vice-chefe da missão de Paz da ONU, Luiz Carlos da Costa.
O coronel paraquedista Paulo Isaías de Macedo Filho, presente a cerimônia, que integrou as Forças da Manutenção da Paz no Oriente Médio, guerra dos Seis Dias entre árabes e judeus, disse que "os 18 militares mortos no Haiti são heróis. Contra a fatalidade não há defesa. Os que continuam lá praticam um ato de heroísmo, porque podem ser submetidos a outro terremoto". O comandante do Exército, Gal Enzo Martins Peri, destacou que os militares "fizeram o bom combate".

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