Garota libertada após 49 dias de sequestro

A estudante acabou sendo libertada na manhã de ontem, após a família pagar o resgate exigido pela quadrilha

Terminou, na manhã de ontem, o sofrimento da família de uma estudante de classe média, de 12 anos de idade, que havia sido sequestrada na tarde de 19 de novembro passado, na porta da escola, em Fortaleza. Após 49 dias em cativeiro, a adolescente foi libertada pelos criminosos depois que a família pagou o resgate exigido pelos bandidos.
A garota (identidade preservada) foi deixada pelos sequestradores próximo a uma sucata, na periferia da cidade de Maracanaú. A Polícia descobriu que a estudante passou por, pelo menos, quatro cativeiros no período em que foi mantida sob o poder do bando.

Em família
Inspetores da Divisão Anti-Sequestro (DAS), da Polícia Civil do Ceará, vinham trabalhando sigilosamente no caso, com o apoio da Polícia Federal. Durante toda a terça-feira, a família da estudante se manteve na expectativa de que o sequestro estaria próximo do fim, com base nas negociações com os quadrilheiros. Vários contatos foram feitos, por telefone, no decorrer das horas.
O valor do resgate pago pela família não foi divulgado. O titular da DAS, delegado Andrade Júnior, foi procurado pela reportagem durante todo o dia, mas ele não foi localizado. Seu telefone celular (funcional) permaneceu desligado até o fim da noite passada.
Já o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Pequeno, confirmou o fim do sequestro e o local onde a estudante foi deixada. "O trabalho da Polícia agora será o de sempre. Vamos aprofundar as investigações para chegarmos aos autores desse crime. A garota já está na companhia dos pais e do restante da família. O trauma foi muito grande", avaliou Pequeno.
O sequestro aconteceu no fim da tarde do dia 11 de novembro, quando a garota saía da escola, situada na Avenida Humberto Monte, no bairro Bela Vista (zona oeste da Capital). Ela já estava dentro do carro dirigido pela mãe, quando os sequestradores simularam um acidente. Bateram seu carro contra o veículo da mãe da garota. Em seguida, houve o arrebatamento com o emprego de armas de fogo.
As negociações com os criminosos só tiveram início depois de alguns dias de sequestro. A demora no início dos contatos com a quadrilha deixou os parentes da estudante ainda mais debilitados psicologicamente. A equipe da DAS se manteve afastada das negociações a pedido da família da estudante.

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