Alerta contra o câncer

A cidade de Fortaleza, pelo menos nas noites de outubro, vai ficar mais feminina. A cor rosa tomou conta, desde ontem, de pontos de atração turística. Os monumentos que retratam Iracema, personagem marcante do escritor José de Alencar, no Aterro da Praia de Iracema e na Beira-Mar, foram "tingidos" de rosa por refletores especiais como forma de chamar a atenção das pessoas para os riscos do câncer de mama e para a importância de ações preventivas contra a doença.

A Capital se integra ao "Outubro Rosa", um colorido alerta mundial para a gravidade da doença. Em Fortaleza, a promoção é coordenada pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Fenama) e conta com o apoio da Prefeitura Municipal.

A ideia inicial da Fenama era iluminar de rosa quatro ícones de Fortaleza - as duas estátuas de Iracema, a Coluna da Hora (Praça do Ferreira) e o monumento da Praça Portugal - a partir desse domingo. Entretanto, até por volta das 19h30 de ontem, nem a Praça do Ferreira nem a Praça Portugal tinham aderido à campanha.

Já para os populares, a proposta é muito relevante, mas carece de maior divulgação. "A ideia é boa, mas muita gente ainda não tomou conhecimento dela", disse a estudante Hortência de Almeida, que ontem apreciava a Iracema de Zenon Barreto em cor rosa.

PREVENÇÃO
Diagnóstico precoce auxilia na cura
A iniciativa da realização do Outubro Rosa é relevante por intensificar a divulgação da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, observou ontem o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia no Ceará (SBM-CE), Antônio de Pádua Almeida Carneiro. Ele disse que, por meio da mamografia, é possível diagnosticar tumores menores de um centímetro, numa fase em que as chances de cura chegam a 90%.

Antônio de Pádua ressaltou que, embora a legislação garanta o direito à mulher de poder fazer a mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente após o 40 anos, na prática há muitas dificuldades para o cumprimento dessa legislação. "As filas de espera, às vezes, chegam a até dois meses", disse.

Adiantou que, na Capital e no Interior do Estado, não existem mamógrafos em número suficiente para a quantidade de pacientes. "O Hospital Gonzaguinha de Messejana está com o seu mamógrafo quebrado há mais de dois anos´´, lembrou.

FONTE DN

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