PSDB não terá Tasso na disputa ao governo

Depois de quatro horas reunidos, tucanos não se entendem sobre os rumos do partido nas eleições 2010

O senador Tasso Jereissati (PSDB) confirmou ontem, em conversa com deputados da bancada tucana na Assembleia, aquilo que já vinha dizendo: não será candidato ao Governo do Estado. Esta, pelo que disseram parlamentares que participaram do encontro, foi a única definição que ficou da reunião de ontem, que durou mais de quatro horas no escritório do senador.
A expectativa de que o partido fosse fechar alguma posição com relação ao apoio ao governador Cid Gomes na Assembleia, e também do ponto de vista eleitoral, foi adiado para uma data que ninguém sabe dizer qual é.
O líder da bancada, a quem coube a missão de falar com a imprensa após o encontro, tratou logo de desfazer aquilo que tinha dito o presidente estadual da legenda, Marco Penaforte, em sua posse, no último mês de novembro: que a posição de ambiguidade do partido chegaria ao fim em janeiro. "Em política, não se pode antecipar nada, nem adiar nada. Tudo acontece em seu tempo. E as definições vão aparecer no tempo certo. Não sou eu que vou dizer esse prazo", afirmou.

Posição
Cada parlamentar que falou com a imprensa, externou como prioridade aquele que é o seu entendimento. Osmar Baquit, que se declara a favor de uma aliança com o governador Cid, disse que esta é uma forte possibilidade para o PSDB.
Tânia Gurgel, que também esteve na reunião, disse que a candidatura própria é uma possibilidade muito forte. Jaime, o líder, afirmou que o momento é de continuar as avaliações internas para a conclusão posterior.
As declarações dos próprios parlamentares e a atitude do presidente estadual da Legenda, Marco Penaforte, de sair sem querer falar com os jornalistas demonstram que, de fato, o partido vive um momento de total indefinição e que os deputados, cada um com a sua idéia, estão irredutíveis na posição que já possuem atualmente.
Uma das maiores preocupações é com a chapa proporcional. Até mesmo aqueles que são favoráveis à aliança com o governador Cid Gomes sabem que uma coligação proporcional com o grupo do governador poderia minar ainda mais o número de cadeiras do tucanato na Assembleia Legislativa.
Como neste caso o problema é mais profundo, João Jaime disse que este será um dos últimos temas a serem definidos com vista às eleições 2010.

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