Uniban revoga expulsão de Geisy Arruda

A Universidade Bandeirante (Uniban) revogou, no início da noite, a expulsão da aluna de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, que foi fortemente hostilizada, no último dia 22 de outubro, por ter utilizado um vestido considerado muito curto. Os vídeos gravados por outros alunos caíram na internet e, no sábado, a Uniban havia decidido pela expulsão, sob a alegação de que houve "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade" por parte de Geisy.Em nota divulgada cerca de três horas após entrevista coletiva concedida por ela e por seu advogado, Nehemias Domingos de Melo, o reitor da universidade, Heitor Pinto Filho, alega que “de acordo com o artigo 17, inciso IX e XI, de seu Regimento Interno, revoga a decisão do Conselho Universitário (CONSU) proferida no último dia 6 sobre o episódio do dia 22 de outubro, em seu campus em São Bernardo do Campo. Com isso, o reitor dará melhor encaminhamento à decisão”.Na coletiva, Geisy e seu advogado informaram que entrariam com um recurso para que ela fosse reintegrada aos quadros da Uniban, e Nehemias reiterou que um inquérito foi aberto, na Delegacia de Defesa Mulher de São Bernardo do Campo, para apurar possível crime de injúria cometido pelos estudantes que ofenderam Geisy, sendo que o reitor da Uniban pode também ter de prestas explicações na Assembleia Legislativa de São Paulo, com a universidade sendo alvo de uma moção de repúdio por parte dos vereadores paulistanos.Geisy disse que espera concluir a retomada do curso universitário em turismo, algo que depende agora da aprovação do recurso por parte do juiz, destacando que, mesmo com toda a situação criada, não acredita em constrangimento, já que “quero apenas entrar na sala, sentar, fazer minhas provas e passar de ano”.Ela negou que tenha alterado seu comportamento, pontuando que “não sou a única moça que vai para a universidade de vestido”. A jovem, de 20 anos, afirma que a roupa que veste deve ser respeitada, da mesma maneira como ela se porta com os demais alunos, antes de negar que tenha ocorrido qualquer repreensão por parte de professores, diretores e bedéis, rejeitando ainda qualquer possibilidade de ter levantado a saia para “aparecer” e lamentando que tenha prevalecido a tese dos outros estudantes, que teriam tentado tirar fotos de suas partes íntimas.




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