Quem fica no lugar de Dilma?

Nos bastidores do Planalto está aberta a guerra pelo espólio da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deixa o governo em abril do próximo ano para entrar na sucessão presidencial. Tudo indica que o nome mais forte para assumir a Casa Civil é o da petista Míriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Há pressão do partido para emplacar Míriam no cargo, já que há resistências à secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
O presidente Lula definiu o critério de empossar secretários-executivos no lugar de ministros que devem sair para disputar mandatos. Por esse critério, Erenice seria o nome natural, mas Lula aceita exceções. Nas últimas semanas, sinalizou a interlocutores a preferência por Míriam. Em outras conversas, deu a entender que respeitaria a sucessão natural na Casa Civil.
Segundo um ministro, o único obstáculo de Míriam seria sua qualidade: como coordenadora do PAC, teria que encontrar um substituto à altura para evitar paralisações de obras.
O presidente Lula cogitou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, e até o deputado Antonio Palocci (PT-SP). Mas não abre mão do primeiro no gabinete e do segundo na coordenação da campanha de Dilma. A cotação de Míriam cresceu nos bastidores. É nome de confiança de Gilberto Carvalho. Os dois foram secretários do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002, em Santo André. "A Míriam é de confiança do Lula. Se o governo não quiser ter dor de cabeça, é o nome para o lugar de Dilma", diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
Míriam tem 51 anos, é engenheira alimentar e começou a militar na esquerda na associação de moradores de Santo André. Na prefeitura da cidade, ocupou diversas secretarias.
o deputado Geraldo Magela (PT-DF), relator-geral do orçamento de 2010, manteve em parecer preliminar o valor das emendas individuais em R$ 10 milhões, mas poderá elevar o valor para R$ 12 milhões.

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