NE ganhará 3 estaleiros

Três dos cinco estaleiros em andamento ou em estudo serão erguidos no Nordeste - os outros dois serão no Rio e em Santa Catarina. O que está em estágio mais avançado é o do Eisa, que prevê investir R$ 1 bilhão em uma nova unidade em Coruripe (AL). Quando estiver em plena operação, em 2012, cinco mil estarão trabalhando no litoral alagoano.
As obras do novo estaleiro, que terá uma área de dois milhões de metros quadrados (m²), começam no início de 2010. Nele será possível construir navios de até 500 mil toneladas e 400 metros de comprimento. "Estamos mirando as encomendas da Petrobras e da Vale. Com o real valorizado, temos que nos voltar para dentro," diz Jorge Gonçalves, diretor de operações do Eisa, controlado pelo Grupo Synergy, do empresário German Efromovich.
Outro estaleiro em estudo é o da construtora Odebrecht, que desenvolve projeto em parceria com a OAS e a UTC, em São Roque do Paraguaçu (BA). De acordo com o diretor da empresa para o mercado de Offshore, Fernando Barbosa, o objetivo é atender à demanda da Petrobras por plataformas. " A Bahia foi escolhida por ter mão de obra qualificada", diz.
A empresa também negocia apoio técnico com a coreana Daewoo, mas, segundo Barbosa, "nada está definido ainda". Ele estima que, no pico das obras, serão gerados cerca de cinco mil empregos diretos.
Outra coreana, a STX, também negocia uma parceria com a brasileira PJMR para a construção de outro estaleiro no Brasil, desta vez, em Mucuripe (CE). A estimativa de investimento é de US$ 100 milhões e o início da operação é previsto para 2012/2013, com contratação de 1.500 pessoas. Já o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) avalia expansão, com a construção de um novo dique seco em Suape (PE), investimento estimado em US$ 300 milhões. Hoje, sua capacidade está no limite com os US$ 3,4 bilhões de projetos em carteira. O novo dique vai depender do resultado da licitação de quatro navios da Vale. As propostas serão apresentadas em 15 de dezembro.

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