Sargento preso por molestar menina

O terceiro sargento da Marinha, Gilson Mendonça da Silva, 32 anos, foi preso, no início da madrugada de ontem, acusado de molestar uma menina de 8 anos na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o militar teria oferecido R$ 1 para criança, para que ela praticasse sexo oral com ele.Gilson foi encontrado dentro do carro com a menor. Alertado por uma prostituta, o pai da menina foi ao local e flagrou o militar, já com as calças arriadas, tentando molestar a menor.
Gilson foi retirado do veículo e agredido por pedestres que passavam pela avenida e por vizinhos da vítima. De cueca e ferido, o militar tentou fugir, mas foi agarrado por taxistas, que o imobilizaram até a chegada dos policiais militares do 5º BPM (Praça Harmonia). Após a agressão, o militar foi socorrido pelos policiais do 5º BPM e levado ao Hospital Souza Aguiar.Na delegacia, o pai da menina, o biscateiro João Campos de Oliveira, de 57 anos, contou que a criança vendia balas em sinais de trânsito da região, para ajudar no sustento da família. Ele contou que, na noite de domingo passado, o militar já teria tentado aliciar sexualmente a menina.
Segundo o biscateiro, no início da madrugada desta terça-feira, o carro do militar, um Ford Ka cinza, voltou a circular pelas ruas do entorno da Avenida Venezuela, no Centro. Decidido, o sargento teria estacionado o carro em frente ao Hospital Pró-Matre, onde teria pago R$ 20 a uma prostituta para convencer a menina a fazer sexo oral com ele. "Ele recusou duas prostitutas. Chegou a colocar uma das garotas de programa dentro de seu carro, mas não fez nada. Ele queria fazer sexo com a minha filha", disse, indignado, o biscateiro. "Como pode um cara desses sentir prazer com minha filha?", questionou João Campos.
Assustada, a menina contou aos policiais os momentos em que ficou a sós com o acusado. Segundo a menor, após fazê-la entrar no carro, o militar arriou as calças e pediu que ela fizesse sexo oral nele. "Ele me ofereceu R$ 1 para eu fazer aquilo", relatou a menina.

Depoimentos
A menina mora com o pai e o irmão de 10 anos em um prédio invadido. A vizinha da menor, Inês Mendonça de Castro, contou que o militar chegou a rasgar a camiseta da criança, quando ela tentou fugir.Na delegacia, o militar revelou aos policiais que trabalha na Odontoclínica, no 1º Distrito Naval, na Praça Mauá. O acusado se recusou a prestar depoimento e disse que só falará em juízo. O militar foi autuado no artigo 217-A, estupro de vulnerável, baseado no depoimento de testemunhas. A pena é de oito a 15 anos de prisão.

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