Enem será realizado nos dias 5 e 6 de dezembro, diz MEC

O ministro da educação, Fernando Haddad, informou na tarde desta terça-feira, em entrevista coletiva, que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será realizado no dias 5 e 6 de dezembro - o primeiro fim de semana do mês. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Haddad também informou que foi criada uma força-tarefa para acompanhar as provas e evitar que haja vazamento do documento ou qualquer outro problema no esquema de segurança. Segundo o ministro, o grupo será integrado pelo novo consórcio (Fundação Cesgranrio/CESP) responsável pela elaboração das provas, pela PF (Polícia Federal), que fará o monitoramento da segurança em todas as fases do Enem, e pela ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), que se encarregará da logística de distribuição das provas nos mais de 1,8 mil municípios onde será realizada.
De acordo com Haddad, a ECT adotará um esquema especial de distribuição das provas semelhante ao utilizado nas eleições gerais no País, quando faz a distribuição de urnas eletrônicas. "Estamos adotando todos os dispositivos de segurança para que os alunos façam a prova com tranquilidade", disse o ministro.
Além da PF, o Ministério da Justiça deverá eventualmente acionar a Força Nacional de Segurança Pública. Haddad agradeceu a oferta feita pelo Exército e pelo Ministério da Defesa e disse que, se necessário, aceitará a ajuda.
O exame foi cancelado na última quinta-feira depois que o jornal O Estado de S.Paulo notificou o MEC (Ministério da Educação) sobre o vazamento da prova. Dois homens procuraram a reportagem para tentar vender a prova por R$ 500 mil. O Enem é requisito de entrada para pelo menos 40 universidades federais e para estudantes interessados em conquistar a bolsa do ProUni (Programa Universidade para Todos).

Indiciados - Ontem, a PF indiciou criminalmente mais três acusados de envolvimento no escândalo do vazamento da prova: Felipe Pradella, 32 anos, apontado como mentor da trama, e dois colegas, identificados por Felipe e Marcelo. Pradella e seus companheiros de seção foram admitidos por empresa terceirizada para serviço temporário na gráfica, por uma semana.
Segundo a PF, eles trabalhavam no mesmo setor - segurança, conferência e manuseio dos cadernos de questão do Enem. Foram enquadrados por violação de sigilo funcional e peculato, crime atribuído a servidor público ou a quem exerce função equiparada. A pena para esse delito vai de dois a 12 anos de reclusão.

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