Correios e grevistas não fecham acordo

Com a greve, cerca de 306 mil encomendas e 47,9 milhões de correspondências estão atrasadas
Os sindicatos que representam os funcionários dos Correios recusaram ontem a proposta conciliatória feita pelo vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro João Oreste Dalazen, e agora o dissídio coletivo vai a julgamento.
Os trabalhadores estão em greve por tempo indeterminado e, segundo a estatal, a adesão no nono dia de paralisação era de 10% do contingente de 109 mil empregados.
Cerca de 306 mil encomendas e 47,9 milhões de correspondências estão atrasadas. O TST julgará nos próximos dias se o movimento grevista é abusivo.
Com a instauração do dissídio, a proposta recusada pelos sindicatos foi retirada. Entre os itens que não foram aceitos e seriam válidos a partir de agosto deste ano estão reajuste salarial de 4,5%, aumento de R$ 100 para todos os empregados e do vale-alimentação para R$ 21,50.
Os sindicatos reivindicam reajuste de 41,03%, aumento real de R$ 300 sobre os valores já reajustados e também gatilho salarial toda vez que a inflação atingir 3%.
Os Correios reclamaram, em nota que os funcionários em greve não estão cumprindo a determinação do TST de manter o mínimo de 30% do efetivo em cada unidade.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect) afirma que os sindicatos estão, sim, cumprindo a determinação do Tribunal

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